Luz

Tantas as viagens que já fiz
Tantos os caminhos que percorri
Por tantas vezes me perdi e me achei.

Sou fruto do que vivi.
Sou fruto do que criei.
Mas me perguntas quem eu sou?

Metamorfose que anda, que canta, que vibra.
Que ama sem pensar no que haveria de ser.
Pois sou.
E sendo, me faço eu.

Eu mesmo, em carne, osso e luz.
Pois há de haver luz pra iluminar.
Por onde meu corpo passa. Me guia e conduz.
Não só a mim, mas a quem se aproximar.

Pois até mesmo a maior das estrelas no luar
Com todo seu brilho que à noite irradia
Se guardasse pra si o seu cintilar
Sumiríamos nós e ela também sumiria.